O velhote pega o cara e o perfilha. Toda mídia - jornal, rádio, tevês e redes sociais- com fofocas e tudo elogia o paisão, o carinho do pai pelo filho. Só não publicam o que dizem aos cochichos, ao pé do ouvido, com a mão na boca. Fulaninho curte praia com o filhote, Sicraninho dá o chicote ao filhote, isto não sai publicado, politicamente incorreto, nesta torta terra. Tudo carnevale. A juíza me olhou indignada. Filho? Doutor, aquilo é um viado descarado. Eu devia, não tive coragem de arguir sua suspeição. Também eu tremia. Quem ignora teme. O mundo pagará por este crime a céu aberto, sem qualquer indignação por medo do anátema. Quem não tem? Ele guardou, pelo resto da vida, seu capote sujo de sangue. Quem mais do que ele, sabia que foram os seus? Prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário