terça-feira, 22 de outubro de 2019














                                                 Eu vi o zampiapongo na ruas de Valença. Enxadas percutidas, como sinos, formavam uma orquestra fantasmagórica, lúgubre, no lusco-fusco valenciano. Quem não retorna ao passado? No cemitério dançava-se sobre túmulos, percutindo-se garrafas, enxadas e outros objetos de ferro ou latão.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019












                                        

                                            Marquei a viagem. Não podia ser diferente. Um fusca nos conduziria até Colonia, passando pelo norte da Bélgica. Por quê? Não sei. Fomos por ali. Eu na frente, a ruiva atrás. Quem poderia dizer o que iria acontecer? A ruiva eu não vi, ele, tampouco.

terça-feira, 10 de setembro de 2019













                                             Água-de-Colônia, guardavam-se com carinho os frascos de João Maria Farina. Back, back, quando vi o primeiro frasco? Mais ligeiro lembro. Um pilão caindo sobre minhas pernas. Um cheiro que não tinha lá no mato.

quinta-feira, 22 de agosto de 2019









            





                               Ah! mundo louco, louco mundo. E mundo, por acaso, eu me chamo Raimundo? Não sou eu quem te vai consertar. Outros tentaram em vão. Outros ainda tentarão. Eu só quero gozar as delícias que tu tens. 

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

















                                                 Ah louco mundo. Quem me fez andar aqui? Foste, tu, Zé Mancambira, de minha infância, lá nos sertões da Bahia? Que me disseste um dia? Com tua máquina de correr mundo, andar, andar até se enjoar. Correr mundo, correr. Agora me perco nos braços do mundo louco quero voltar à minha infância querida. Karamell, karamell, karamell. Doce infância que não tiveste. Que tu vês, agora? O príncipe? A virgem? O agricultor?

CARNAVAL DE SANGUE

                            O mundo brinca com fogo, o mundo dança com sangue. Quando vai o mundo parar? Se parar, Caio. Vejo meu tilo, a ca...